Edição Bimestral - Maio / Junho 2021
Põe guarda à minha boca, Senhor; vigia a porta dos meus lábios. Salmo 141.3
Neste bimestre, trazemos o tema da vigilância da nossa boca como uma porta não só de entrada de alimentos, mas de saída de mensagens. Davi, com tantas experiências com Deus, reconhece quão precioso é vigiar a porta dos lábios. O que sai pela porta de nossos lábios também deve alimentar a vida de outras pessoas e comunicar palavras de graça e de vida para quem as ouve. Esta é a razão que motiva Davi a pedir a Deus uma vigilância do que sai de sua boca.
Mas todos sabem a dificuldade que temos nessa vigilância; quando menos esperamos, saem de nossos lábios palavras que não agradam o Senhor e também ferem o nosso próximo, a ponto de ser comum a expressão: “Ah... falei sem pensar!”. O livro de Provérbios repetidamente nos indica o cuidado que devemos ter com as palavras. Por exemplo: “Afaste de você a falsidade da boca e mantenha longe de você a perversidade dos lábios” (4.24). A relevância desse tema é destacada por Davi ao afirmar: “As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu” (Salmo 19.14).
Só Deus pode nos ajudar a domar a língua e usar seu poder para abençoar. Vamos convidá-lo para o nosso mundo da fala e pedir-lhe que assuma o controle e faça o mesmo com nosso coração. Em especial neste tempo de muitas comunicações digitais, em que fazemos de nossas palavras as falas que vêm de outros e apenas as replicamos, sem muitas vezes trazer o sentimento de vigilância proposto por Davi. Ao olhar a imagem da capa, você poderá observar que a porta está fechada com um cadeado. No espaço das falas digitais, em especial na internet, o cadeado representa segurança.
Devemos ter a segurança de que em nossas falas o Senhor colocou seus vigias para que nossas comunicações sejam abençoadoras. Para que palavras descuidadas não saiam de nossos lábios e transmitam uma semente de amargura ou venham machucar nosso próximo. Quando isso acontece e temos consciência de tal fato, somos tomados por um sentimento de dor e pesar. Isso significa que nem sempre conseguimos vigiar os nossos lábios, por isso faz todo sentido o pedido de Davi no Salmo 141. Peço a Deus, em oração, que as palavras que saem pela porta dos nossos lábios não sejam rudes, apressadas, injustas ou acusadoras, mas, com a vigilância do Senhor, sejam agradáveis, nobres, educadas, refinadas, emfim, abençoadoras.
Com desejos de bênçãos,
Nicanor Lopes - Editor Nacional
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